DSpace logo

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2264
Título: Propriedades moleculares, atividades biológicas e imunológicas das toxinas protéicas do veneno de Brotheas amazonicus Lourenço, 1988 (Chactidae, Scorpiones)
Autor(es): Higa, André Miasato
Orientador(es): López-Lozano, Jorge Luis
Palavras-chave: Veneno;Escorpião;Brotheas amazonicus scorpion
Data do documento: 30-Dez-2008
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: Venenos de escorpiões apresentam uma mistura complexa de proteínas e peptídeos neurotóxicos, que são os responsáveis pelos efeitos tóxicos nos mamíferos e insetos. O escorpião Brotheas amazonicus é uma espécie muito comum nas florestas das áreas rurais de Manaus, alimentando-se de insetos, mas evidencias clínicas sugerem baixa toxicidade de suas toxinas em caso de acidente em humanos. Neste trabalho estamos apresentando dados sobre a composição química, propriedades biológicas e imunológicas das toxinas do veneno de B. amazonicus. Técnicas proteômicas (SDS-PAGE gradiente, SDS-PAGE tris-tricina e 2D) indicam constituintes com massas moleculares de 7 a 80 kDa, principalmente toxinas com pI de 4 a 7. No veneno foi detectada atividade fosfolipásica A2 que não foi inibida pelos antivenenos antiescorpiônico, antiaracnídeo, antielapídico, antilonomia e antiofídico, sugerindo epitopos próprios da espécie. Foi detectada a atividade de serinoproteases com massa molecular de 70 kDa que degrada as cadeias Aα e Bβ do fibrinogênio bovino sem produzir coágulo de fibrina. A atividade da serinoprotease foi inibida pelo soro antiescorpiônico. Quando injetado intravenosamente em camundongos, o veneno não produz hemorragia e o sangue não se torna incoagulável. Com a dose máxima testada (100 µg), via intracranial e endovenosa, não foi observada letalidade em camundongos. Os testes de indução da dor com a formalina e o ácido acético indicam, ao nível do sistema nervoso central, uma potente atividade inibitória do veneno sobre a dor de origem inflamatória e em menor grau sobre a dor de origem neurogênica, e não foram observados sintomas de euforia. Análises por Western Blotting demostraram a formação de complexo antígeno-anticorpos entre as toxinas de B. amazonicus e as IgG dos antivenenos antiescorpiônico e antiaracnídeo, mas nenhum desses antivenenos reconheceu as toxinas de 7 kDa do veneno. A baixa toxicidade do veneno e o potente efeito analgésico das toxinas do veneno de B. amazonicus sugerem um grande potencial biotecnológico para o desenvolvimento de novas drogas analgésicas.
Abstract: Scorpion venoms show a complex mixture of neurotoxic protein and peptides wich causes toxic effects in mammals and insects. Brotheas amazonicus scorpion is an abundant specimen in Manaus rural areas and feeds of insects. Clinical evidences suggest very low toxicity from his venom for humans. In this work we are introducing results about chemical composition, biological and immunological properties of toxins from B. amazonicus venom. Proteomic methods (gradient SDS PAGE, tris-tricine SDS-PAGE and 2D) showed constituents 7 and 80 kDa molecular mass range, mainly toxins with Ip 4 – 7 range. The venom showed phospholipasic A2 activity that was not inhibited by antiscorpion, antiaracnide, antilonomia, antielapidic and antiophydian antivenoms, suggesting exclusive toxin epitopes of the specie. Venom also showed serineproteases toxins with 70 kDa molecular mass, wich degradates Aα and Bβ bovine fibrinogen chain, and without fibrin coagulation. Serineproteinase activity was inhibited by antiscorpion antivenom. Bleeding and blood incoagulation was not detected in mice after intravenous venom injection. Lethal activity with 100 µg of venom was not observed in mice after intracranial and intravenous venom injection. Formalin and acetic acid test to pain induction showed that, in nervous central system level, venom toxins have a potent analgesic activity of pain of inflammatory origin but in minor level to pain of neurogenic origin, and euphoria signals were not observed. Western blotting test showed antigen-antibody interaction between B. amazonicus venom toxins and IgG antibody antiscorpionic and antiaracnide antivenoms, but both antivenoms were not detected at 7kDa venom toxins. Venom has very low toxicity in mice (mammals), and a potent analgesic activity of toxins from B. amazonicus venom suggest a high biotechnological application to development of analgesic drugs.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2264
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - MBT Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons