DSpace logo

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2258
Título: Atividade antibacteriana dos extratos dos frutos de Coussapoa asperifolia subsp. magnifolia (Trécul) contra Aeromonas hydrophila e fracionamento do extrato metanólico
Autor(es): Andrade, Jaqueline Inês Alves de
Orientador(es): Nunez, Cecilia Veronica
Palavras-chave: Atividade antibacteriana;Biotecnologia
Data do documento: 12-Set-2009
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: A piscicultura é um setor bastante promissor para produção de alimentos, porém, ainda existem vários gargalos para o seu desenvolvimento. Um destes entraves é a sanidade dos peixes. São poucos os estudos a respeito das formas de tratamento que podem ser utilizados nos sistemas piscícolas, principalmente em doenças causadas por agentes bacterianos. Isso é um grande problema, visto que, muitas das doenças na piscicultura são de etiologia bacteriana, e estas vem adquirindo cada vez mais resistência aos antibióticos utilizados tradicionalmente. Uma das espécies de grande importância na piscicultura por causar grandes mortalidades é a Aeromonas hydrophila, microrganismo que também vem se tornando cada vez mais resistente aos antibióticos utilizados comumente devido ao seu uso indiscriminado. Consequentemente, o interesse por produtos naturais biologicamente ativos com o intuito de serem utilizados como profilaxia e no tratamento de doenças em peixes tem aumentado nos últimos anos. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana dos extratos diclorometânico (DCM), metanólico (MeOH) e aquoso (H2O) dos frutos de Coussapoa asperifolia subsp. magnifolia contra Aeromonas hydrophila e fracionar o extrato mais ativo. Os testes de atividade antibacteriana foram realizados em duplicata pelo método de difusão em ágar pela técnica do poço e por bioautografia. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi realizada por macrodiluição e a concentração mínima bactericida (CMB), a partir da CIM. O extrato DCM não apresentou atividade antibacteriana, porém, os extratos MeOH e H2O apresentaram atividade contra A. hydrophila. Dentre os dois extratos ativos, o MeOH foi escolhido para posterior fracionamento, devido às características das moléculas presentes nele. A CIM e a CBM para o extrato metanólico foram 4 mg/mL e 32 mg/mL, respectivamente, mostrando-se então bacteriostático e bactericida. O fracionamento deste extrato começou pela partição líquido-líquido, com os solventes DCM, acetato de etila (AcOEt), butanol (BuOH) e H2O. Em seguida, foi realizada uma nova avaliação da atividade antibacteriana destas fases, onde todas mostraram-se ativas, porém com intensidades distintas e devido às suas características moleculares e quantidade de massa, foi escolhida a fase AcOEt para posterior fracionamento. Assim, a fase AcOEt foi submetida a uma cromatografia em coluna de Florisil, usando gradiente de DCM, AcOEt e MeOH, obtendo-se 86 frações, que foram reunidas após análise em cromatografia em camada delgada comparativa, totalizando 10 frações. Foi realizado teste de atividade antibacteriana das ultimas frações que continham massa suficiente para continuar o fracionamento, porém não apresentaram atividade. Assim, foram realizadas análises de bioautografia, com a fase AcOEt (original), para determinar se havia a possibilidade das substâncias ativas terem ficado retidas na coluna, e ainda se havia a possibilidade de ocorrer sinergismo entre todas as frações e, pelos resultados obtidos, ambas as possibilidades foram descartadas. Desta forma, o que pode ter ocorrido é que a escolha da fase estacionária ou móvel foi incorreta, gerando a degradação das moléculas ativas. Outras metodologias de fracionamento deverão ser realizadas com o extrato metanólico dos frutos de C. asperifolia subsp. magnifolia visando isolar as moléculas antibacterianas.
Abstract: The fish farming is a promising sector for food production, however, there are still several bottlenecks to its development. One of these impediments is the fish’s health. They are few studies regarding the treatment forms that can be used on fish farming systems, mainly about diseases caused by bacterial agents. This is a great problem, because many of the fish farming diseases are of bacterial aetiology, and they are acquiring more and more resistance to the antibiotics traditionally used. One of the species that causes great mortalities in fish farming is Aeromonas hydrophila, microorganism that is becoming more and more resistant to the antibiotics used commonly due to its indiscriminated use. Consequently, the interest for biologically actives natural products with the intention of use them as prophylaxis and in fish diseases treatment has been increased in the last years. Therefore, the aim of this work was to evaluate the antibacterial activity of dicloromethanic (DCM), methanolic (MeOH) and aqueous (H2O) extracts of Coussapoa asperifolia subsp. magnifolia fruits against Aeromonas hydrophila and to fractionate the most active extract. The antibacterial activity assays were accomplished, in duplicate, using the agar diffusion method by well technique and bioautography. The minimum inhibitory concentration (MIC) determination was made by macrodilution and the minimum bactericidal concentration (MBC), from MIC. The DCM extract didn't show antibacterial activity, however, the MeOH and H2O extracts showed activity against A. hydrophila. Between the two active extracts, the MeOH was chosen for subsequent fractioning, due to the characteristics of the molecules present in it. The MIC and MBC for the MeOH extract were 4 mg/mL and 32 mg/mL, respectively and showing both bacteriostatic and bactericidal activities. The fractionation of this extracts began by liquid-liquid partition using DCM, ethyl acetate (AcOEt), buthanol (BuOH) and H2O, as solvents. Then, a new assay to evaluate the antibacterial activity of those phases was accomplished and all phases showed activity, however, with different intensities, and due to their molecular characteristics and mass amount, AcOEt phase was chosen for the subsequent fractioning. So, the AcOEt phase fractionation was performed by using Florisil column chromatography and DCM, AcOEt and MeOH gradient, yielding 86 fractions, which were combined after thin layer chromatography comparison totalizing 10 fractions. The antibacterial test was made with the last fractions containing enough mass to follow the fractionation, but showed no activity. Thus, tests were carried out bioautography assay with the phase AcOEt (original), to determine whether there was a possibility of the active substances have been held in the column, and if still had the possibility of synergism occurring between all the fractions and, by the results obtained, both possibilities were discarted. Thus, what may have happened is that the choice of stationary or mobile phases was incorrect, yielding the degradation of the active molecules. Other fractionation methods should be carried out with the fruit methanolic extract of C. asperifolia subsp. magnifolia in order to isolate the antibacterial molecules.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2258
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - MBT Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons