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Título: O serviço de acolhimento de crianças junto ao abrigo “Casa Mamãe Margarida”: Processo de (des)construção de identidade impostas.
Autor(es): Gomes, Elias Bandeira
Orientador(es): Mubarac Sobrinho, Roberto Sanches
Palavras-chave: infância;abuso infantil;práticas opressoras
Data do documento: 25-Jul-2019
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: Levantando a discussão acerca do modo como práticas de objetivação decorrem em processos de subjetivação de sujeitos, a pesquisa questiona se é possível que subjetividades e identidades impostas sobre vítimas de abuso possam ser ressignificadas quando estas se encontram em ambientes onde podem desenvolver relações saudáveis a semelhança das instituições de abrigo. Para trabalhar essa problemática elegeu-se a Casa Mamãe Margarida, instituição dedicada ao acolhimento de crianças e adolescentes que se encontra em situação de risco e vulnerabilidade social. Como prática de aproximação e coleta de dados lançou-se mão do modelo tipo etnográfico, assumindo-se como referencial teórico norteador o arcabouço conceitual da Sociologia da Infância. Ante os referenciais escolhidos, considerando a importância do reconhecimento individual como pessoa e do direito à alto-determinação da própria existência, a pesquisa buscou observar as crianças sempre na condição de sujeitos detentores da capacidade de elaborações próprias. Nessa perspectiva cada fala, gesto, concordância ou negação foi estritamente observado. Reconhecendo o valor dos contextos na constituição dos sujeitos enquanto agentes sociais e históricos. Como tais, a pesquisa compreende que elas estão sujeitas a serem afetadas pelas dinâmicas estabelecidas nos tratos sociais nos quais a relação de troca se impõe proporcionando tanto aos sujeitos, quanto ao ambiente, permanentes interações das quais decorrem mútuas influências (BOURDIEU, 1999). Nessa leitura, sujeitos e meios, deixam de ser considerados como agentes neutros, para serem compreendidos à luz das dinâmicas relacionais, nas quais prevalece a constante construção da pessoa (GHADIRI, DAVEL, 2006). Ante tal pressuposto e diante da “coleta” concluída, a pesquisa compreende que, ainda quando submetidas a práticas de opressão, cada pessoa tem a possibilidade de ressignificar as experiências, imprimindo novos sentidos a existência, quando lhe é ofertado o ambiente de apoio e respeito à pessoa. Palavras-chave: Infância, Identidade, Abuso Infantil, Práticas de Opressão, Subjetivação de Sujeitos.
Abstract: ABSTRACT Raising the discussion about how objectification practices occur in subjectivation processes of subjects, the research questions whether it is possible that subjectivities and identities imposed on victims of abuse can be re-signified when they are in environments where they can develop healthy relationships, similarly to the ones in question. shelter institutions. To work on this problem, Casa Mamãe Margarida was chosen, an institution dedicated to the care of children and adolescents who are at risk and social vulnerability. As a practice of approximation and data collection, the ethnographic model was used, assuming as the guiding theoretical framework the conceptual framework of the Sociology of Childhood. Given the references chosen, considering the importance of individual recognition as a person and the right to high determination of their own existence, the research sought to observe children always as subjects with the ability to elaborate their own. From this perspective each speech, gesture, agreement or denial was strictly observed. Recognizing the value of contexts in the constitution of subjects as social and historical agents. As such, the research understands that they are subject to be affected by the dynamics established in the social treatments in which the exchange relation is imposed, providing both the subjects and the environment, permanent interactions from which mutual influences derive (BOURDIEU, 2003). In this reading, subjects and means are no longer considered neutral agents, to be understood in the light of relational dynamics, in which the constant construction of the person prevails (GHADIRI, DAVEL, 2006). Given this assumption and before the “collection” concluded, the research understands that, even when subjected to practices of oppression, each person has the possibility of resignifying experiences, giving new meanings to existence, when offered the environment of support and respect. the person. Keywords: Childhood, Identity, Child Abuse, Oppression Practices, Subjectivity of Subjects.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2182
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - PPGICH Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas



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