DSpace logo

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2050
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorSilva, Jamerson Eduardo Reis-
dc.date.available2019-12-23-
dc.date.available2019-12-20T15:58:16Z-
dc.date.issued2018-09-21-
dc.identifier.urihttp://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2050-
dc.description.abstractIn order to discuss the relation between literature and animality present in the anthology Jaula (2006) by Astrid Cabral, a Brazilian poet born in Amazonas, this study offers readings of the ambiguous and undeniable presence of the other living beings in the work. From three initially distinct points that ultimately complement each other, we try to reach a poetic act, which according to what we think, tries to deal with the possibilities of the impossible present within the cited relation. Formulated mainly from the perspective of the men and humanity, in favor of these, the categories which rule our relations with animals, not only created a void by constantly removing any possibility of those others named “irrational” but also used this void to exercise an absolute power upon them. Trying not to revert the prejudice of this Cartesian and anthropocentric logic but rather deal with it, in the sense of comprehend its extension and face it, Astrid’s Jaula renders the space of the literature to the other living beings revealing by doing so our ignorance for “what all birds must know”. In an attempt to interpret this movement of the work which may seem simple at first but reveals to be arguably multiple in its realization, we do too multiply by three our efforts. In the first moment, we seek to discuss the construction of the borders between the categories: humanity and animality and how the anthology articulates itself to restore the undeniable ambiguity present in these. Moving forward, we dedicate ourselves to the question of representation and non-representation of the animals in literature in order to comprehend how they turn into an interface, in which the human view finds itself more close to the animality. Lastly, we turn ourselves to the taxonomic-literary aspects of Astrid’s Jaula that it has inherited from the tradition of the medieval and zoopoetic bestiaries of the XX century. The author rearrange this tradition using the possibilities within the genre to compose, poetically, not only a space to her other living beings made of letters but also a trap that capture and disavows the Adamic order of the world. Keywords: Animality; Brazilian Literature; Astrid Cabral.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade do Estado do Amazonaspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rightsAtribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectAnimalidadept_BR
dc.subjectLiteratura Brasileirapt_BR
dc.subjectAstrid Cabralpt_BR
dc.titleDas possibilidades do impossível : leituras do outro vivente em Jaula, de Astrid Cabralpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.date.accessioned2019-12-20T15:58:16Z-
dc.contributor.advisor1Silva, Allison Marcos Leão da-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2862237221241530pt_BR
dc.contributor.referee1Silva, Allison Marcos Leão da-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2862237221241530pt_BR
dc.contributor.referee2Zucolo, Nicia Petreceli-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4572857563677466pt_BR
dc.contributor.referee3Aleixo, Marcos Frederico Krüger-
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/8302225272067037pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1710794979306948pt_BR
dc.description.resumoA fim de, no mínimo, discutir a relação entre literatura e animalidade existente na antologia Jaula (2006), de Astrid Cabral, poeta brasileira nascida no Amazonas, este trabalho apresenta leituras da ambígua e inegável presença do outro vivente na obra a partir de três eixos, inicialmente distintos, mas que se complementam para tentar alcançar um ato poético que, segundo acreditamos, busca lidar com as possibilidades do impossível presentes nessa relação. Pensadas sobretudo sob o signo do homem, da humanidade e em favor desta, as categorias que regem nossa relação com os animais não só criaram um vazio num contínuo ato de remover qualquer possibilidade desses outros ditos “irracionais”, como se valeram desse vazio para exercer um poder soberano. No intuito de menos reverter o prejuízo dessa lógica cartesiana antropocêntrica do que lidar com este, no sentido de compreender sua extensão e enfrentá-lo, a Jaula de Astrid realiza um esforço de ceder o espaço da literatura ao outro vivente revelando nossa inegável ignorância “para o que os pássaros sabem”. Na tentativa de interpretar esse esforço presumidamente simples mas de realizações múltiplas, multiplicam-se também, por três, nossos esforços de leitura. No primeiro momento, buscaremos discutir a construção e relação entre as fronteiras das categorias: humanidade e animalidade e como a obra se articula no sentido de restaurar a inegável ambiguidade presente nestes espaços limítrofes. Em seguida, nos debruçaremos sobre a questão da representação e também da não-representação do animal na literatura, a fim de compreender como autora, ao representar e não-representar os outros viventes em Jaula, converte-os em uma interface em que o olhar humano deságua animal. Por último, buscaremos lidar com o aspecto taxonômico-literário da obra, que é herdeira da tradição dos bestiários medievais e zoopoéticos do século XX. Ressignificando tal tradição, Astrid se vale das possibilidades do gênero para construir, poeticamente, não só um espaço para seus outros viventes de letras, mas também uma armadilha que desautoriza a ordem adâmica do mundo. Palavras-chave:Animalidade; Literatura Brasileira, Astrid Cabral.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Letras e Artespt_BR
dc.relation.referencesAGAMBEN, Giorgio. The Open: man and animal. Translated by Kevin Attell. California: Stanford Press, 2004. __________. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. __________. Infância e história: destruição da experiência e origem da história. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. AGAMBEN, Giorgio. O fim do pensamento. In: Terceira Margem. Revista do Programa de Pós-graduação em Ciência da Literatura, ano VIII, número 11, 2004. Tradução de Alberto Pucheu. p. 157-159. ARISTÓTELES. Sobre a alma. Tradução de Ana Maria Lóio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010. ___________. História dos animais. Tradução de Maria de Fátima Sousa e Silva. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014. ASSIS BRASIL, Luiz Antonio de. Entre a universalidade e o paticular: a literatura ante as identidades regionais. In: Cultura e Identidade Regional. SCHÜLER, Luís Fernando; BORDINI, Maria da Glória (Orgs.) Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. ASSIS, Machado de. Ideias de Canário. In: Páginas recolhidas. Edição eletrônica. Disponível em <www.machadodeassis.net>. Acesso em 21/09/2018. BARROS, Manoel de. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2010. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 165-196. ___________. Experiência e pobreza. In: Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 114-119. ___________. O narrador: Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 197-221. BERGER, John. Animais como metáfora. Trad. Ricardo Maciel dos Anjos. In:____. MACIEL, Maria Esther (Org). Suplemento Literário de Minas Gerais: Mundo Zoo. Belo Horizonte, Setembro–Outubro/2010. Nº 1.332. Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. p.7-9. BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2011. 106 BORGES, Jorge Luis; GUERRERO, Margarita. O livro dos seres imaginários. Tradução de Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. BRANDÃO, Junito. Mitologia Grega, vol. I. Vozes: Petrópolis, 1994 CABRAL, Astrid. Jaula. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora da Palavra, 2006. _______. Sobre escritos: rastros de leituras. Manaus: EDUA, 2015. COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. 2. ed. Tradução de Cleonice Paes Barreto Mourão e Consuelo Fortes Santiago. Minas Gerais: Editora UFMG, 2012. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Vol. 4, 2. ed. Tradução de Suely Rolnik. São Paulo: Editora 34, 2012. DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. Tradução de Rogério Costa. São Paulo: Iluminuras, 2005. _____. O Animal que logo sou: a seguir. Tradução de Fábio Landa. 2. ed. São Paulo: Ed. Unesp, 2011. ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Cia das Letras, 1994. ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. Tradução de Pola Civelli. São Paulo: Perspectiva, 1972. DESPRET, Vinciane. Caderno de Leitura n.45: O que os animais diriam se... Tradução de Cícero Oliveira. Belo Horizonte: Chão da feira, 2016. DONOHUE, Mark. Classification and Language. In: Theory, Culture and Science, vol. 23, n. 2-3, maio de 2006, p. 40-42. FAGUNDES, Igor. Do espanto às indagações: a zoopoética de Astrid Cabral. In: CABRAL, Astrid. Jaula. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora da Palavra, 2006. HARRAWAY, Donna J. When species meet. Minneapolis: Minnesota University Press, 2008. ____________. Staying with the trouble: making kin in the Chthulucene. Durham: Duke University Press, 2016. JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. Tradução de Maria Lúcia Pinho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. GIORGI, Gabriel. Formas Comuns: animalidade, literatura, biopolítica. Tradução de Carlos Nougué Carlos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016. LACAN, Jacques. O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica. In:________. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. p. 96-103. 107 LEÃO, Allison. Amazonas: natureza e ficção. 1 ed. São Paulo: Editora Annablume, 2011. LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. 3. ed. Tradução de Tânia Pellegrini. Campinas: Papirus, 1989. MACIEL, Maria Esther. As ironias da ordem: coleções, inventários e enciclopédias ficcionais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009. _____. Literatura e animalidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. _____. (Org.). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. Florianópolis: Editora da USFC, 2011. MALAXECHEVERRÍA, Ignacio. Bestiario medieval. 4. ed. Madrid: Ediciones Siruela, 2008. PAZ, Octavio. O arco e a lira. Tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2012. PELBART, Peter Pál. Vida Capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2009. RICOUER, Paul. A metáfora viva. Edições Loyola: São Paulo, 2000. SELIGMANN-SILVA, Márcio. Para uma crítica da compaixão. São Paulo: Lumme Editor, 2009. SINGER, Peter. Animal Liberation. New York: Haper Collins Publishers Inc., 2002. TREVIZAM, Matheus. Maravilhas zoológicas na enciclopédia de Plínio, o velho, a partir de duas sugestões de Ítalo Calvino. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 20, n. especial 1, p. 143-155, 2015. UEXKÜLL, Jakob Von. Dos animais e dos homens: digressões pelos seus mundos próprios. Doutrina do Significado, trad. Alberto Candeias e Anibal Garcia Pereira, Lisboa: Livros do Brasil, 1959. VALENTIM, Marco Antonio. Fora do mundo: lugar e sentido da não-humanidade na ontologia fundamental. Revista Discurso, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 287-333, 2016. VARANDAS, Angélica. A Idade Média e o Bestiário. In: Medievalista. ano 2, n. 2, 2006, 1-53, 2006. VATTIMO, Gianni. A Sociedade Transparente. Tradução de Hossein Shooja e Isabel Santos. Lisboa: Relógio D'Água Editores, 1989.pt_BR
dc.subject.cnpqLingüística, Letras e Artespt_BR
dc.publisher.initialsUEApt_BR
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - PPGLA Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Letras e Artes

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DAS POSSIBILIDADES DO IMPOSSÍVEL LEITURAS DO OUTRO VIVENTE EM JAULA, DE ASTRID CABRA.pdf865,14 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons