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Título: Tolerância hídrica foliar de aniba rosiodora ducke
Título(s) alternativo(s): Leaf water tolerance of aniba rosiodora ducke
Autor(es): Souza, Karina Araújo de
Orientador(es): Santos, Victor Alexandre Hardt Ferreira dos
Palavras-chave: Turgor celular;Estresse hídrico;Resistencia à seca
Data do documento: 11-Out-2022
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: A região Amazônica possui grande variedade de espécies com potencial econômico, mas a exploração predatória reduziu significativamente populações dessas espécies. Dentre as espécies, destaca-se Aniba rosiodora Ducke (Lauraceae), com grande relevância econômica, social e ambiental nessa região. O reflorestamento com A. rosiodora enfrenta alguns desafios, por exemplo, a elevada mortalidade de mudas em plantios durante seu estabelecimento inicial. As principais hipóteses para alta mortalidade são estresse hídrico e estresse à elevada irradiância, sendo essa segunda hipótese comprovada em estudos anteriores. Assim, neste trabalho buscou-se investigar a tolerância foliar ao estresse hídrico de mudas de A. rosiodora. O estudo foi conduzido no laboratório de Solos e Química do Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara, com mudas de um ano de idade produzidas no viveiro da Fazenda Simpatia, no município de Itacoatiara (AM). Foi utilizada a metodologia de curvas pressão-volume, onde quinze folhas de cinco mudas foram imersas em água destilada por 12 horas em ambiente escuro e isolado, até hidratação total, para serem mensuradas a massa das folhas em balança analítica e o potencial hídrico usando bomba de pressão. Foram realizadas dez leituras de pressão e volume conforme a desidratação das folhas em bancada ao decorrer de períodos crescentes (05; 05; 10; 10; 15; 15; 25; 40 minutos; 06; 12 horas até completa desidratação). Após os registros dos valores de pressão e volume em desidratação foi ajustada a curva pressão-volume para determinar os valores do potencial osmótico no máximo turgor (Po); potencial hídrico no ponto de perda de turgescência (ΨPPT) e módulo de elasticidade da folha (ε) e compara-los à outras espécies florestais já estudadas. Os valores de ΨPPT e Po de A. rosiodora foram em média -2,07 MPa e -1,79 MPa, respectivamente. Esses valores foram menos negativos e mais distantes de zero do que a maioria das espécies arbóreas de bioma tropical úmido descritas na literatura. Essa constatação indica que A. rosiodora possui mecanismos foliares para tolerar níveis de estresse hídrico moderados à elevados. O valor médio do ε foi 14,50 Mpa, menor que grande parte de outras espécies já descritas, o que significa que as folhas são mais elásticas, portanto, mais resistentes a seca, uma vez que quanto maior o ε menor será a elasticidade. Essa pesquisa avança o conhecimento sobre a ecofisiologia de A. rosiodora ao demonstrar seus mecanismos foliares de resistência ao estresse hídrico durante o estágio de muda. Por isso, presume-se que o estresse hídrico, isolado, não é capaz de causar a mortalidade das mudas, uma vez que a comprovada resistência foliar ao murchamento indica capacidade de manutenção dos processos fisiológicos que dependem do turgor (abertura estomática e absorção de água do solo). Estudar de forma isolada ou independente os fatores limitantes, como luz e água não é suficiente para identificar a causa das perdas da espécie durante seu estabelecimento; diante disso, recomenda-se a realização de estudos que verifiquem a interação desses fatores em diferentes ambientes, para analisar os mecanismos fisiológicos determinantes no estabelecimento inicial de A. rosiodora.
Abstract: The Amazon region has a great variety of species with economic potential, but predatory exploitation has significantly reduced populations of these species. Among the species, Aniba rosiodora Ducke (Lauraceae) stands out, with great economic, social, and environmental relevance in this region. Reforestation with A rosiodora faces some challenges, for example, the high mortality of seedlings in plantations during their initial establishment. The main hypotheses for high mortality are water stress and high irradiance stress, the latter hypothesis having been proven in previous studies. Thus, this study investigated the leaf tolerance to water stress of A. rosiodora seedlings. The study was conducted in the Soil and Chemistry Laboratory of the Center for Higher Studies of Itacoatiara, with one-year-old seedlings produced in the nursery of Simpatia Farm, in Itacoatiara (AM). The methodology of pressure-volume curves was used, where fifteen leaves from five seedlings were immersed in distilled water for 12 hours in a dark and isolated environment, until total hydration, to be measured the mass of the leaves on an analytical scale and the water potential using a pressure pump. Ten readings of pressure and volume were taken as the leaves dehydrated on the bench during increasing periods (05; 05; 10; 10; 15; 25; 40 minutes; 06; 12 hours until complete dehydration). After recording the values of pressure and volume in dehydration, the pressure-volume curve was adjusted to determine the values of osmotic potential at maximum turgor (Po), hydric potential at the point of loss of turgidity (ΨPPT) and leaf elasticity modulus (ε) and compare them to other forest species already studied. The values of ΨPPT and Po of A. rosiodora were on average -2.07 MPa and -1.79 MPa, respectively. These values were less negative and more distant from zero than most tropical humid biome tree species described in the literature. This finding indicates that A. rosiodora possesses leaf mechanisms to tolerate moderate to high levels of water stress. The mean value of ε was 14.50 Mpa, lower than most other species already described, meaning that the leaves are more elastic, therefore, more resistant to drought, since the higher the ε, the lower the elasticity. This research advances knowledge about the ecophysiology of A. rosiodora by demonstrating its leaf mechanisms of resistance to drought stress during the seedling stage. Therefore, it is presumed that water stress alone is not capable of causing seedling mortality, since the proven leaf resistance to wilting indicates the ability to maintain physiological processes that depend on turgor (stomatal opening and water uptake from the soil). Studying the limiting factors such as light and water in isolation or independently is not enough to identify the cause of the losses of the species during its establishment. Therefore, it is recommended that further studies be conducted to verify the interaction of these factors in different environments, to analyze the physiological mechanisms determining the initial establishment of A. rosiodora.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/5686
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