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Título: Comercializando aspectos ambientais e socioculturais: o caso do passeio safári amazônico no contexto do (eco)turismo e o imaginário turístico
Autor(es): Alano, Alana Patrícia Pires de Oliveira
Orientador(es): Jesus, Edilza Laray de
Palavras-chave: Safári;(Eco)turismo;Imaginário Turístico;Safári Amazônico;Amazonas;Safari;Imaginario Turistico;Safari Amazónico
Data do documento: 15-Jun-2021
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Citação: ALANO, Alana Patrícia Pires de Oliveira. Comercializando aspectos ambientais e socioculturais: o caso do passeio safári amazônico no contexto do (eco)turismo e o imaginário turístico. 2021. Dissertação. (Mestrado em Ciências Humanas). Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2021.
Resumo: A presente pesquisa buscou contribuir com as discussões já existentes sobre os efeitos de uma prática turística difundida na cidade de Manaus - Amazonas, o Safári Amazônico. Um passeio que também pode ser encontrado por outros nomes e que com o passar dos anos vem sendo reformulado e adequado ao momento presente, mas que, em suma, parece objetivar manter a memória e a proposta dos “safáris ecológicos na Amazônia” existentes nessa região desde os primeiros anos da década de 1960. O atual formato do Safári Amazônico comercializa, justificando-se como proposta de (eco)turismo, aspectos da fauna e flora no Parque Ecológico do Janauari, o boto cor-de-rosa na região do baixo rio Negro, o modo de vida das comunidades indígenas recém-criadas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Tupé (Municipal) e Puranga Conquista (Estadual) e a comunidade ribeirinha Nossa Senhora Aparecida do lago do Catalão no município de Iranduba, onde é feita a atividade de provisionamento do peixe de cativeiro conhecido popularmente como Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo. Diante de informações sobre impactos que essa prática turística tem causado nesses locais, elegeu-se o referido passeio como objeto de estudo desta dissertação de mestrado com o intuito de analisar como e se as práticas dos comercializadores/operadores do Safári Amazônico contribuem para a valorização dos aspectos ambientais e socioculturais dos locais de parada do passeio, baseando-se no preconiza o ecoturismo. Por se tratar de um contexto amplo, a presente pesquisa limitou-se a contextualizar e descrever a estrutura operacional do passeio e alguns reflexos dessa prática em cada uma das realidades envolvidas, além de buscar compreender também como o atual formato de promoção e operacionalização do passeio pode estar alimentando os imaginários turísticos a respeito dessa região. A pesquisa esteve norteada pelo estudo de caso, pautada pela abordagem qualitativa, com procedimentos técnicos e bibliográficos de campo, documental, exploratório e descritivo e com aplicação de formulário online aos comercializadores/operadores do passeio, aos turistas e entrevista com os moradores da comunidade do lago Catalão. A escolha do termo “safári” para promover o passeio, chama atenção por se tratar de uma prática comum nos territórios africanos, onde, para além de uma atividade turística, o safári possui um contexto histórico, social e cultural. Atividades como o safári, compõem a dicotomia que busca valorizar por meio da comercialização de aspectos ambientais e socioculturais, justificando-se em uma possível minimização do turismo de massa. Diante da dificuldade em encontrar estudos em âmbito nacional que busquem discutir teoricamente as implicações do termo e os efeitos de tal prática, esta pesquisa também pretendeu contribuir por meio de um levantamento sistemático de pesquisas nacionais e internacionais que pudessem ajudar na compreensão do mesmo. Em síntese, os resultados apontam que as comunidades inseridas no Safári Amazônico, encontram-se atualmente em situação de vulnerabilidade socioeconômica, reduzidas a atrativos e prestadores de serviços, sem dominialidade e imersas em um turismo convencional que se utiliza do discurso da sustentabilidade e do (eco)turismo como um rótulo. Trata-se de um turismo de aparências, onde alguns atuam no limite do que é considerado legal e outros na informalidade.
Abstract: Esta investigación pretendía contribuir a los debates existentes sobre los efectos de una práctica turística muy extendida en la ciudad de Manaus - Amazonas, el Safari Amazónico. Un recorrido que también se puede encontrar con otros nombres y que a lo largo de los años se ha reformulado y adaptado al momento actual, pero que, en definitiva, parece pretender mantener la memoria y la propuesta de los "safaris ecológicos en el Amazonas" existentes en esta región desde principios de los años 60. El formato actual del Safari Amazónico vende, justificándose como una propuesta de (eco)turismo, aspectos de la fauna y flora en el Parque Ecológico Janauari, el delfín rosado de río en la región del bajo río Negro, el modo de vida de las comunidades indígenas de reciente creación de la Reserva de Desarrollo Sostenible (RDS) Tupé (Municipal) y Puranga Conquista (Estatal) y de la comunidad ribereña Nossa Senhora Aparecida do Lago do Catalão en el municipio de Iranduba, donde la actividad de aprovisionamiento se realiza con peces cautivos conocidos popularmente como Pirarucu, uno de los mayores peces de agua dulce del mundo. Ante la información sobre los impactos que esta práctica turística ha causado en estos lugares, se eligió este tour como objeto de estudio de esta tesis de maestría con el fin de analizar cómo y si las prácticas de los comerciantes/operadores del Safari Amazónico contribuyen a la mejora de los aspectos ambientales y socioculturales de los lugares de parada del tour, en base a lo que el ecoturismo propugna. Por tratarse de un contexto amplio, esta investigación se limitó a contextualizar y describir la estructura operativa del tour y algunas reflexiones de esta práctica en cada una de las realidades involucradas, además de buscar entender cómo el formato actual de promoción y operación del tour puede estar alimentando los imaginarios turísticos sobre esta región. La investigación fue guiada por el estudio de caso, orientado por el enfoque cualitativo, con procedimientos técnicos y bibliográficos de campo, documentales, exploratorios y descriptivos y con aplicación de formulario en línea a los comercializadores/operadores del tour, turistas y entrevistas con los residentes de la comunidad del Lago Catalão. La elección del término "safari" para promocionar el viaje llama la atención porque es una práctica habitual en los territorios africanos, donde, además de una actividad turística, el safari tiene un contexto histórico, social y cultural. Actividades como el safari conforman la dicotomía que busca potenciar, a través de la comercialización, aspectos ambientales y socioculturales, justificándose en una posible minimización del turismo de masas. Dada la dificultad de encontrar estudios a nivel nacional que traten de discutir teóricamente las implicaciones del término y los efectos de dicha práctica, esta investigación también pretende contribuir mediante un estudio sistemático de las investigaciones nacionales e internacionales que puedan ayudar a su comprensión. En resumen, los resultados indican que las comunidades insertas en el Safari Amazónico, se encuentran actualmente en una situación de vulnerabilidad socioeconómica, reducidas a atracciones y prestadoras de servicios, sin dominialidad e inmersas en un turismo convencional que utiliza el discurso de la sostenibilidad y el (eco)turismo como etiqueta. Es un turismo de apariencias, en el que unos operan al límite de lo que se considera legal y otros en la informalidad.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/4838
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - PPGICH Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas

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