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Título: Os saberes tradicionais dos donos de quintais agroflorestais e o potencial diálogo com os serviços ambientais
Título(s) alternativo(s): Traditional knowledge of agroforestry backyard owners and the potential dialogue with ecosystem services
Autor(es): Araujo, Lucas Silva
Orientador(es): Forsberg, Maria Clara Da Silva
Palavras-chave: Etnoconhecimento;Comunidades Tradicionais;Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé
Data do documento: 14-Mai-2022
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Citação: ARAUJO, Lucas Silva. Os saberes tradicionais dos donos de quintais agroflorestais e o potencial diálogo com os serviços ambientais. 2022. 36 f. TCC (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade do Estado do Amazonas, Manaus.
Resumo: Os saberes tradicionais são traduções dos conhecimentos dos moradores mais antigos de uma comunidade tradicional, que se expressam em ritos, lendas, noções e uso da biodiversidade, além de manejo agroflorestal. A manutenção do bem-estar humano depende de um conjunto de serviços derivados dos recursos naturais ou oferecidos pelos ecossistemas naturais, logo usufruímos desses serviços de modo direto ou indiretamente. Os quintais compõem um conjunto de agroecossistemas denominados Sistemas Agroflorestais (SAF’s) que é uma categoria que reúne um grupo de modelos de sistemas de cultivo que se apoiam em saberes tradicionais para o manejo sustentável dos recursos naturais, a fim de obter a partir dessa prática matéria para subsistência das comunidades tradicionais. Portanto, os quintais agroflorestais em comunidades tradicionais valorizam as relações entre os sujeitos e a natureza num espaço e tempo concreto, pela construção e transformação do ambiente, de modo sustentável. Logo, concentra-se esta pesquisa, no sentido de conhecer os saberes tradicionais dos donos de quintais agroflorestais relacionados aos serviços ambientais, caracterizando esses quintais. A equipe do Laboratório de Ecologia Aplicada da UEA no período de 2019 a 2020, incluindo-me estudou três comunidades da RDS do Tupé, a Agrovila, Julião e Livramento, onde coletaram dados relacionados a 30 quintais agroflorestais. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a entrevista semiestruturada aliado as técnicas de turnê guiada, bola de neve, foto das espécies vegetais para posterior identificação por meio de um especialista; quantidade, estimativa da altura, usos, procedência e observação das espécies vegetais e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para esta pesquisa, usou-se dados relacionados aos dez quintais da comunidade Agrovila. Por sua vez, em relação as informações fornecidas pelos entrevistados, vale destacar que o recorte e delimitado ao conteúdo dos saberes tradicionais aos aspectos dos quintais que se relaciona com serviços ambientais do ponto de vista ecológico. Os saberes tradicionais dos donos dos quintais foram analisados de modo descritivo em função dos serviços ambientais. A categorização dos usos das espécies vegetais foi realizada por meio das categorias ornamental; alimentícia; condimentar; medicinal; ritualística; artesanal e seva. A origem em nativas, exóticas e exóticas invasoras das espécies vegetais foi confirmada em bancos de dados on line; O perfil dos quintais foi analisado por meio da formação de três estratos, o inferior, médio e superior. No estrato superior podemos evidenciar várias espécies exóticas importantes principalmente na provisão de alimento, sendo elas a manga (Mangifera indica), jáca (Artocarpus heterophyllus), jambo (Syzygium malaccense) e a azeitona (Syzygium cumini) que está no estrato médio, por sua vez a jáca teve seu potencial invasor caracterizado em duas Unidade de Conservação da cidade de Manaus. Os saberes tradicionais dos donos dos quintais dialogaram com os conceitos relacionados a conservação do solo, no que se refere a ciclagem de nutrientes, controle de pragas, regulação do microclima e fertilidade do solo; a provisão de alimentos e plantas medicinais. A ocorrência de espécies vegetais invasoras, invoca a necessidade de desenvolvimento de atividades de educação ambiental para a conservação dos serviços ambientais. Palavras chaves: Etnoconhecimento, Comunidades Tradicionais, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé.
Abstract: Traditional knowledge is a translation of the knowledge of the oldest residents of a traditional community, which is expressed in rites, legends, notions and the use of biodiversity, in addition to agroforestry management. The maintenance of human wellbeing depends on a set of services derived from natural resources or offered by natural ecosystems, so we enjoy these services directly or indirectly, and these services are distributed into four categories, support, provision, regulation, cultural. The backyards make up a set of agroecosystems called Agroforestry Systems (SAF's) which is a category that brings together a group of models of cultivation systems that are based on traditional knowledge for the sustainable management of natural resources, in order to obtain from this practice material for the subsistence of traditional communities. Therefore, agroforestry backyards in traditional communities value the relationships between individuals and nature in a concrete space and time, through the construction and transformation of the environment, in a sustainable way. Therefore, this research focuses on knowing the traditional knowledge of the owners of agroforestry backyards related to environmental services, characterizing these backyards. The team from the Laboratory of Applied Ecology at UEA in the period from 2019 to 2020, including myself, studied three communities in the Tupé RDS, Agrovila, Julião and Livramento, where they collected data related to 30 agroforestry backyards. The data collection instruments used were the semi-structured interview combined with guided tour techniques, snowball, photo of plant species for later identification by a specialist; quantity, height estimation, uses, origin and observation of plant species and signing of the Free and Informed Consent Term (FICT). For this research, data related to the ten backyards of the Agrovila community were used. In turn, in relation to the information provided by the interviewees, it is worth noting that the clipping is limited to the content of traditional knowledge and aspects of backyards that relate to environmental services from an ecological point of view. The traditional knowledge of the owners of the backyards was analyzed in a descriptive way in terms of environmental services. The categorization of the uses of plant species was carried out through the ornamental categories; food; seasoning; medicinal; ritualistic; handmade and seva. The origin in native, exotic and invasive exotic plant species was confirmed in online databases; The backyard profile was analyzed through the formation of three strata, the lower, middle and upper. In the upper stratum, we can see several important exotic species, mainly in the provision of food, such as mango (Mangifera indica), jackfruit (Artocarpus heterophyllus), jambo (Syzygium malaccense) and olive (Syzygium cumini) which is in the middle stratum, due to its Jáca had its invasive potential characterized in two Conservation Units in the city of Manaus. The traditional knowledge of backyard owners dialogued with concepts related to soil conservation, with regard to nutrient cycling, pest control, microclimate regulation and soil fertility; the provision of food and medicinal plants. The occurrence of invasive plant species invokes the need to develop environmental education activities for the conservation of environmental services. Keywords: Ethnoknowledge, Traditional Communities, Tupé Sustainable Development Reserve.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/4322
Aparece nas coleções:ENS - Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação



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