DSpace logo

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2360
Título: Atividade biológica e obtenção de um fitocosmético do óleo essencial e de extratos de Aniba parviflora (Meisn) Mez. (LAURACEAE
Autor(es): Batista, Luana Travassos
Orientador(es): Albuquerque, Patricia Melchionna
Palavras-chave: Antioxidante;Antimicrobiano;Citotoxicidade;Cosmético
Data do documento: 28-Abr-2014
Editor: Universidade do Estado do Amazonas
Resumo: Aniba parviflora é uma planta nativa da região Amazônica, pertencente à família Lauraceae, e que a exemplo das outras espécies da família e do gênero, é uma planta aromática, produtora de óleo essencial, mas com poucas propriedades biológicas descritas na literatura. Uma vez que as plantas são fontes de compostos químicos bioativos, há uma grande procura pelas indústrias de cosméticos, farmacêutica e alimentícia por novas fontes de substâncias de interesse comercial. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo avaliar atividades biológicas e o potencial citotóxico do óleo essencial, extratos e partições de A. parviflora, a fim de empregá-los na formulação de um fitocosmético, favorecendo assim, o conhecimento das propriedades biológicas de uma planta nativa da região Amazônica e a exploração de seus recursos naturais de forma sustentável. A extração do óleo essencial foi realizada através da hidrodestilação por arraste a vapor utilizando aparelho tipo Clevenger, os extratos preparados por maceração a frio utilizando etanol como solvente, e as partições obtidas por partição líquido-líquido utilizando inicialmente uma mistura de etanol e água, e em seguida os solventes n-hexano, diclorometano e acetato de etila, sendo utilizados folhas e galhos de A. parviflora. As propriedades biológicas investigadas foram: antimicrobiana, por meio dos métodos difusão em ágar e Concentração Inibitória Mínima (CIM); antioxidante, pelo método de sequestro do radical livre DPPH· (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) com o monitoramento do decréscimo da absorbância; e citotoxicidade em cultura de células. Apenas os óleos essenciais de A. parviflora mostraram-se ativos contra duas cepas testadas (S. aureus e E. faecalis) com halos inferiores a 11 mm para ambas as bactérias, tendo CIM apenas nas maiores concentrações (4,0 e 2,0 mg/mL). Quanto à atividade antioxidante, somente os extratos brutos e as partições líquido-líquido foram ativos, sendo os melhores resultados encontrados nos extratos brutos e nas partições acetato de etila e hidroalcoólica, apresentando potencial antioxidante em média de 3 a 4,5 vezes menos eficientes que o antioxidante padrão ácido ascórbico. Os óleos essenciais, extratos e partições de A. parviflora não apresentaram citotoxicidade em cultura de células na concentração de 50 mg/mL. Os ensaios químicos qualitativos e quantitativos das amostras bioativas de A. parviflora demonstraram em sua composição química a presença de taninos, flavonóides, saponinas e terpenos. Entre os terpenos encontrados destacam-se o linalol, composto com muitas atividades biológicas interessantes já descritas, que foi encontrado como componente majoritário dos óleos essenciais, e outros, como o espatulenol e o cariofileno. A partir dos resultados encontrados, foi proposta a formulação de um produto cosmético (emulsão para o corpo), empregando o óleo essencial e uma partição glicólica (obtida a partir da partição hidroalcoólica diluída em propilenoglicol) de A. parviflora, sendo este submetido a ensaios preliminares de estabilidade. Por meio de um planejamento experimental fracionado foram propostas oito formulações do tipo emulsão óleo/água, variando a concentração dos componentes: base, extrato glicólico, glicerina e óleo vegetal, a fim de avaliar a influência destes fatores sobre as propriedades físico-químicas e organolépticas do fitocosmético. Os resultados demonstraram que a base foi o fator que mais influenciou as propriedades da emulsão, e que apenas as formulações mantidas no escuro e à temperatura ambiente permaneceram estáveis no teste preliminar de estabilidade. Portanto, com este trabalho foi possível concluir que A. parviflora possui potencial para ser explorada pela indústria cosmecêutica, sendo que outras atividades biológicas devem ser investigadas. Palavras-chave: Antioxidante; Antimicrobiano; Citotoxicidade; Cosmético.
Abstract: Aniba parviflora is a native plant from the Amazon region, and belongs to the Lauraceae family. Like other species of this family and gender, it is an aromatic plant, producer of essential oils, but with few biological properties described on the literature. Once the plants are sources of bioactive chemicals, there's a huge demand by cosmetics, pharmaceutical and food industries for new sources of compounds with commercial appeal. Thus, this study aimed to evaluate biological activities and the cytotoxic potential of essential oil and extracts from A. parviflora in order to employ it in the formulation of a phytocosmetic, therefore favoring the knowledge of biological properties of a native plant from the Amazon region and the exploitation of its natural resources in a sustainable approach. The essential oil extraction was performed through hydrodistillation using Clevenger apparatus. The extracts were prepared by cold maceration using ethanol as solvent, and the partitions were obtained through liquid-liquid partition, first using a water and ethanol mixture, followed by n-hexane, dichloromethane and ethyl acetate. It was used leaves and thin stems of A. parviflora. The investigated biological properties were antimicrobial, by using agar diffusion and minimum inhibitory concentration (MIC) methods; antioxidant, by free radical DPPH· (2,2-diphenyl-1picrylhydrazyl) scavenging, measuring the absorbance decrease; and cytotoxity, using cell cultures. Only the essential oils from A. parviflora shown to be active against two of the tested bacteria strains (S. aureus e E. faecalis) with inhibition halos presenting diameters below 11 mm. The MIC was found only at the higher concentrations tested (4.0 and 2.0 mg/mL). Regarding antioxidant activity, only the extracts and its liquid-liquid partitions were active, with the best results found for crude extracts, ethyl acetate and hydroalcoholic partitions, presenting antioxidant potential 3 to 4 times less efficient than the standard acid ascorbic. Essential oils, extracts and its partitions from A. parviflora showed no cytotoxicity on cell cultures at 50 mg/mL. The qualitative and quantitative analysis of the bioactive samples from A. parviflora showed in their chemical composition the presence of tannins, flavonoids, saponins and terpenes. Among the terpenoids it was found linalool, compound with many interesting activities previously described, which was found as the main component of the essential oils. Others bioactive compounds, such as espatunelol and caryophyllene were also found. Considering these finding results, it was proposed a cosmetic formulation (body emulsion), using the essential oil and a glycolic extract of A. parviflora, which was subjected to preliminary tests of stability. Through a fractionated experimental design it was proposed eight formulations of oil/water emulsions by varying the concentration of the components: base, glycolic extract (obtained from the hydroalcoholic partition diluted in propylene glycol), glycerin and vegetable oil, in order to assess the influence of these factors on the physical-chemical and organoleptic properties of the phytocosmetic. Results showed that the base was the factor which most influenced the emulsion properties, and that only the formulations kept in the dark at room temperature remained stable at the preliminary stability tests. Therefore, with this work it was possible to conclude that A. parviflora has the potential to be exploited by the cosmeceutical industry, and other biological activities should be investigated. Keywords: Antioxidant, Antimicrobial, Cytotoxicity; Cosmetic.
URI: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2360
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - MBT Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons